Pesquisas de Clima e Cultura – Erros comuns e seus impactos

Construímos, aplicamos e avaliamos instrumentos de clima e cultura desde 2002 e alguns erros comuns são frequentemente cometidos.

Conduzir a Pesquisa internamente
Toda pesquisa de clima, por ser um canal de comunicação que abre a possibilidade para que os funcionários demonstrem insatisfações, deve ter sua condução 100% neutra e imparcial. É importante a Organização comunicar que toda a condução está sendo feita por uma Consultoria idônea externa e que todo o processo é de responsabilidade dela, desde a disponibilização das cartas-senha, do link de acesso, uso de servidores para armazenar as respostas e relatórios com no mínimo 5 pessoas filtradas.

Impactos
Qualquer processo conduzido ou conectado à Organização, gera desconforto ao respondente. E quanto mais neutro for o processo em todas as etapas, maior o índice de confiança dos respondentes e maior a qualidade das respostas.

Conectar senhas e links a dados de identificação única
O envio de e-mails ou sms diretos aos respondentes contendo links ou senhas de acesso para a pesquisa, não é uma boa prática pois conecta as senhas a registros únicos, como o e-mail ou número de celular. Ao utilizar cartas-senha, nunca entregue em mãos ou separe grupos de cartas por área. Cada respondente deve pegar a sua carta livremente.
Por isso, quanto menos filtros, melhor.

Impactos
Os respondentes podem fazer uma conexão imediata sobre o fato de quem enviou os links ou senhas, possuir sua identificação por meio do número de celular ou e-mail ligado à senha.

Definir muitos filtros
Muitas Organizações querem aproveitar o momento da pesquisa para fazer um “Censo Demográfico” de sua população interna. Mas isso é um erro grave que não deve ser “misturado” com o momento da pesquisa pois fere o princípio básico do sigilo. Ao escolher muitos filtros, a identificação se torna óbvia e o respondente não terá segurança para ser sincero.
Faça este tipo de levantamento em outro momento e com outro formulário.

Impactos
Os resultados da pesquisa serão distorcidos e as ações de melhoria serão feitas com base nestes resultados distorcidos e a Pesquisa será comprometida.

Comparar Pesquisas com o mercado
Entendemos que ter referências é importante para sabermos se estamos bem ou mal com relação a um indicador. Mas no caso das pesquisas, por serem instrumentos técnicos, comparar com o mesmo segmento ou com outros players do mercado não é uma boa prática, visto que na maior parte das vezes, o questionário não é o mesmo, pois analisam dimensões e afirmativas diferentes e são personalizados. O momento histórico da aplicação, a cultura e os valores internos também são distintos em cada organização. Comparações devem ser feitas em ambientes controlados.

Impactos
Aumento da ansiedade frente a resultados inferiores ao mercado, com a criação de ações desnecessárias. Ou ainda, acomodação natural frente a resultados superiores na comparação com outras organizações.

Definir um prazo muito longo para o respondente
Pesquisas são como fotografias de um momento. Ao definirmos períodos muito longos para o respondente, além de não criar senso de urgência, as respostas do primeiro respondente, comparadas ao do último terão impactos diretos das mudanças que ocorrem nas organizações diariamente. Dez (10) dias é um número indicado para a realização da pesquisa, com no máximo uma extensão de mais 5 dias.

Impactos
Os resultados da pesquisa serão distorcidos e as ações de melhoria serão feitas com base nestes resultados distorcidos e a Pesquisa será comprometida.

Fazer a Pesquisa e não realizar ou comunicar ações de melhoria
Quando uma pesquisa é realizada, ela naturalmente gera expectativas de mudança nos respondentes. E ao responder que está insatisfeito com algum fator, o funcionário tem, nem que seja pequena, uma expectativa de melhoria.

Impactos

Organizações que não fazem as ações ou não comunicam o que fizeram após a pesquisa, geram percepções de que o tempo de resposta foi perdido e que o risco de apontar o que o funcionário percebe não compensou. Além disso, muitos podem acreditar que o objetivo da pesquisa era diferente do que foi comunicado no início.

Definir metas pouco desafiadoras
É comum ao realizar a primeira pesquisa, definir uma meta de 65% a 75%. Mas à medida que a Organização refaz suas pesquisas, é importante aumentar essa meta em busca da melhoria contínua. Atingir 100% de satisfação é praticamente impossível, mas buscar índices de 85%-90% podem ser um grande estímulo para a alta satisfação que vai gerar alta performance e resultados.

Impactos
A Organização se acostuma com índices baixos, gerando acomodação e aumento da insatisfação ao longo do tempo.

Quanto mais neutro e imparcial for o processo de uma pesquisa, mais

confiança será gerada e mais qualidade será percebida nas respostas.

— Thiago Gomes

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